Somos programados sem perceber

Pára pra pensar no seguinte: os filmes, novelas, séries, em grande parte, passam repetidas mensagens constantemente.

 

Algumas dessas mensagens nos fazem acreditar que X coisa é uma referência pra que você seja uma pessoa feliz.

 

Vou explicar melhor.

 

99% das produções de entretenimento tem um par romântico que, geralmente, passa alguma dificuldade para conseguirem ficar juntos. O clássico “Romeu e Julieta”.

 

Imagina como isso grava na nossa mente, desde pequenos, que precisamos de outra pessoa, de um par, para sermos felizes e realizados na vida.

 

Outra grande parte das produções focam em dinheiro. N formas de conseguir dinheiro, porque sem o dinheiro ninguém pode ser feliz.

 

Constituir família…

Ter uma mansão e carrões…

Viajar bastante e conhecer o mundo…

 

Eu não quero ser hipócrita e dizer que todas essas coisas (amor, dinheiro, família, viagens, etc.) não são importantes, o que eu quero dizer é que nós nos deixamos programar vários paradigmas que definem muitas expectativas em tudo.

 

Quem disse que eu preciso de alguém pra ser feliz?

Eu sou feliz sozinho, comigo mesmo.

Eu sempre aproveito o meu tempo do jeito que eu quero.

Ser feliz e viver em paz é a minha prioridade. Nada mais.

 

Eu vou, sim, me relacionar com outras pessoas em vários relacionamentos, mas eu sempre serei a minha prioridade.

 

Eu consigo ser feliz deitado no sofá, assistindo algo que eu gosto, confortável, coberto e quentinho. Eu agradeço por esses momentos o tempo todo.

 

Mas voltando ao ponto inicial do post, quais são os SEUS paradigmas?

O que VOCÊ – ou sua mente – acreditam que você precisa ser ou ter na vida, para se sentir uma pessoa realizada?

 

Quando pensar na resposta, quero que se pergunte:

 

Por que eu tenho esses paradigmas?

Essas são ideias que eu, conscientemente, adquiri, ou eu nem sei porque eu quero essas coisas?

 

Todos nós devemos ter nossos objetivos e metas, e trabalharmos todos os dias para alcança-los, caso contrário, é muito improvável que eles se concretizem, mas o que eu quero levantar aqui são questionamentos como:

 

Quem disse que eu preciso ter alguém pra ser feliz?

Quem disse que eu preciso ter um corpo atlético pra ser feliz?

Quem disse que eu preciso ter uma família pra ser feliz?

Quem disse que eu preciso ser rico pra ser feliz?

Quem disse que eu preciso ter roupas caras e de marca pra ser feliz?

 

De novo, dinheiro é bom e nos proporciona muitas coisas. Não tem problema algum em querer ter muito dinheiro…

 

Mas hoje, sabe quais são as algumas das coisas que me fazem feliz?

 

Poder ajudar a minha avó com os exercícios da igreja dela, e ver como ela se sente grata por isso.

 

Levar o meu avô pra pescar e passar horas a serviço dele na pescaria, já que a visão dele é limitada.

 

Sentir o cheirinho de um bebê ou de uma criança e interagir com eles.

 

Sentir o cheirinho do sabonete no banho, que me lembra, imediatamente, da minha infância.

 

Brincar com os animais, fazer carinho neles e ver como o amor deles é sincero.

 

Olha quanta coisa boa me faz sentir sentimentos bons e não depende de, praticamente, mais nada.

 

Viajar e conhecer coisas novas vai fazer você se sentir bem, certamente, mas a grande parte da sua vida será ao lado das pessoas que fazem parte da sua família e do seu círculo íntimo de amigos.

Essas são as pessoas que vão gerar os sentimentos bons mais fortes em sua vida, e você tem elas “por perto” todos os dias.

 

Por que você não está sentindo coisas boas com essas pessoas agora?

Por que pensa que precisa alcançar X coisa primeiro, pra ser feliz?

 

Viu como tem vários paradigmas gravados na sua cabeça?

 

Quando você tiver esse “estalo” e perceber como já poderia ser uma pessoa mais feliz e realizada, vai desejar ter colocado isso em prática mais cedo.

 

O que realmente te faz feliz?

O que gera os melhores e mais fortes sentimentos bons em você?

Quais pessoas causam isso?

Você depende de alguma coisa pra isso?

 

Quem sabe um dia a indústria do entretenimento desenvolva uma forma de lucrar, mas instruindo as pessoas ou incentivando-as a se conhecer, se aceitar, aceitar os outros, cultivar o amor e o bem ao próximo.

 

Na minha opinião, o autoconhecimento deveria ser incentivado desde o jardim de infância.

 

As pessoas viveriam tão melhor.

 

Mas eu prefiro enxergar de maneira positivo. Como um avanço nesse processo de desenvolvimento da nossa espécie.

 

Se parar pra pensar, há uns 300 anos queimávamos as pessoas na fogueira por serem diferentes.

Hoje, já aceitamos, como maioria, que isso é errado.

 

É um processo.

 

Quem sabe dentro de mais 300 anos questões como sexualidade, raça, limites geográficos e coisas desse tipo nem façam mais parte das discussões da humanidade.

 

Eu fico feliz em poder, primeiro, ter tido acesso a esse conhecimento e, segundo, por poder leva-lo a mais e mais pessoas.

 

Todos merecem ser felizes e não há porque pensarmos com esse paradigma da escassez, como se fôssemos concorrentes, cada um por si.

 

Espero que o conteúdo desse post te ajude a refletir.

 

Obrigado.

Marcelo Rocha
Marcelo Rocha

"Mais importante do que pensar positivo, é sentir positivo."

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